sábado, 27 de abril de 2013

A FARSA DA DEFESA DA REDUÇÃO DA MAIOR IDADE PENAL PELO PSDB EM SP


OU SIMPLESMENTE “NÃO EXISTE AMOR EM SP, NEM EDUCAÇÃO”




A população carcerária em São Paulo em 1996 era constituída por aproximadamente 50 mil presos. Em 2007, essa população já havia chego a 153.274, um aumento de 146%. Nesse ano de 2013 a julgar pela média da progressão essa população pode estar ultrapassando os 250 mil. Desta população cerca de 60% é composta por pessoas jovens, entre 18 e 29 anos. Os mesmo 60% desta população possui somente o ensino fundamental.
Um cálculo simples nos dá conta que metade desta população estava em idade pré-escolar ou nos seus primeiros anos de estudo quando o PSDB assumiu o governo do estado de São Paulo em 1996. Em qualquer país sério (exceto EUA) essa seria a denúncia do fracasso educacional, do fracasso cultural, do fracasso de um partido que não tem, nem nunca teve um projeto de educação, um projeto de proteção da juventude, um projeto de nação.
Agora o governador Geraldo Alkmin aparece na TV, levantando a bandeira de uma punição mais severa para menores. Bandeira que não evidencia uma solução; mas, sobretudo o FRACASSO, o grande disparate no processo educativo, o fracasso na melhoria das condições de vida da juventude. Que deveria ter tido acesso à cultura, a uma educação de qualidade.
Todavia a grande mídia, a PIG, aceita e dissemina a vergonha do estado mais rico da federação como se essa fosse a grande solução, a solução definitiva para todos os nossos problemas.
Aumenta-se paulatinamente a população carcerária, porém, prossegue a cruzada da nossa sociedade rumo à barbárie. Os crimes violentos não cessam de surpreender, de chocar toda a população. Não tarda e nosso governador levantará a bandeira da pena de morte, se isso lhe parecer conveniente politicamente. Como se exterminar aqueles que não foram educados, aqueles que não foram “civilizados” fosse o mais brilhante dos recursos.
Noutro texto, outro dia, eu afirmava que vivíamos uma espécie de decadência espiritual (não no sentido religioso do termo). Essa decadência em parte é ratificada pela própria população que insiste em eleger políticos corruptos e um partido que obviamente fracassa na proteção dos jovens, na proteção das famílias, dos trabalhadores enfim do cidadão. Um partido que só tem a oferecer uma falácia como solução para todos os problemas.
Não se enganem, existe uma, e somente uma solução para a barbárie e ela se chama EDUCAÇÃO.
Que não se confunda ESCOLA com EDUCAÇÃO. Educação diz respeito a um projeto amplo de sociedade, diz respeito a um projeto ambicioso de construção de um futuro melhor que implique na inclusão SOCIAL, CULTURAL E ECONÔMICA de todas as pessoas.
DUVIDO sinceramente que esse seja o projeto do PSDB, duvido porque não vislumbro num horizonte próximo um tratamento digno desse partido para com os PROFESSORES, por exemplo.
Dois grupos são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa, de um país, de um estado ou cidade mais digna. Esse dois grupos são compostos pela JUVENTUDE e pelos PROFESSORES; porém, uns o governo insiste em mandar para trás das grades, os outros, insiste em humilhar e desvalorizar.
É lamentável.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A DECADÊNCIA DO POVO BRASILEIRO:

ou sobre igrejas, botecos e farmácias (parte I)



Três coisas principalmente se proliferam nas pequenas cidades e entorno das grandes cidades como sinal da doença e da decadência espiritual de um povo. São elas as “igrejas”, os “botecos” e as “farmácias”.
Para comprovar a decadência que aqui denuncio não é necessário postular uma tese, exercício de um intelectual, ou ainda, que seja posto em pratica uma investigação científica por algum catedrático; basta que um indivíduo qualquer, dotado minimamente de razão ou discernimento observe e analise com atenção o que acontece nas periferias e mesmo nas ruelas das grandes e pequenas cidades do nosso país.
Enquanto a Europa e todos os países desenvolvidos cada vez mais abandonam as crenças, superstições e religiões, nosso país, ao contrário, parece cada vez mais se aprofundar nas trevas das religiosidades, cultos e superstições que ainda hoje fazem ecoar os resquícios sombrios de um mundo medieval.
Parece que vivemos aqui um retrocesso.
Desde o século XVIII, se não antes para alguns países, a maior parte das nações ocidentais realizou um divórcio, que ‘parecia’ definitivo, entre Igreja e Estado. Todas essas conquistas estão agora sendo postas em risco na América Latina, e particularmente no Brasil.
Isto porque, entre outras coisas, as transformações sociais e econômicas apenas nos trouxeram a ilusão capitalista do sucesso pelo trabalho. O que é certo é que a divisão social e econômica em nosso país criou um abismo que, mesmo hoje com todas as mudanças, ainda é intransponível.
A evidência dessa condição gera desalento e falta de esperança no futuro. O desalento, a falta de esperança na melhoria das condições de vida torna-se o combustível para as crendices, superstições e religiosidades. Pois o que resta a um homem que não consegue ver saída para sua miserabilidade, para suas frustrações, problemas, e doenças, senão a conversão numa crença da salvação da alma. Ora se tudo aqui parece estar perdido, pensa o sujeito, porque não investir no que supostamente ainda me resta? A alma! Este sujeito acaba se tornando um alvo fácil para os “agiotas da salvação”. E assim avança e se ramifica nas periferias das grandes e pequenas cidades um sem numero de igrejas e casa de orações entre outros espaços para o culto da superstição e da devoção.
O homem perdido e sem esperança na vida cultua a esperança de uma outra vida, uma crença no além. Nega e renega seu direito de luta, de subversão da sociedade. Nega e renega sua existência positiva em favor de uma existência negativa, de uma existência no além. Desse modo, se aliena e se torna ainda mais um instrumento da escravidão econômica, visto que não fará frente, não se oporá a exploração promovida pelo sistema, haja vista todas as suas fichas estarem depositadas “num além vida”.
(...)