Noutro dia vi um
fantasma...
Perambulava pelos cômodos
da casa, meio arqueado
Como quem carrega um peso
sobre os ombros
No começo me veio um
tremor, depois um temor de encará-lo
Não, eu não acredito em
fantasmas, pensei.
Mas ainda assim senti um
calafrio percorrer minha espinha.
Figura horrenda, sombria,
tenebrosa...
Não poderia encará-lo nos olhos mesmo que quisesse.
Seus olhos pareciam vazios, um olhar vazio, num sempre olhar para o
vazio...
Na penumbra perambulava sem sentindo, como que desorientado
Gesticulava a cabeça de forma frenética, como quem não acredita
Parou diante do espelho e observou por alguns minutos, como quem nada visse
Ou visse no fundo dos olhos, os olhos, os olhos, os olhos...
Voltei para a cama,
Por um tempo não pensei, des-pensei...e me virei
Por um tempo não pensei, des-pensei...e me virei
Mas ele ainda não morreu! Pensei.
Será?
O fantasma de um homem vivo?
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