Em praticamente toda democracia do mundo há protestos. Há protestos até
mesmo em países comunistas, como a China. Também há neles uma luta constante
contra a corrupção, particularmente, a corrupção política. Assim então sucede
na Europa, nos EUA, inclusive na China, onde a pena por corrupção é uma bala na
cabeça.
No entanto, em nenhum desses países propõe-se uma ditadura ou um golpe
militar como solução para o flagelo da corrupção. É
difícil imaginar um norte americano pedindo intervenção militar em sua
democracia. Nem mesmo nos momentos mais sombrios de sua história, como no caso
da guerra civil americana, a Guerra de Secessão, eles apelaram para uma
"anomalia" dessas.
Também é difícil imaginar nos dias atuais um
europeu, Francês ou de qualquer outra nacionalidade, ou mesmo um Inglês
reivindicando uma "saída" "dessas" para suas crises, sejam
elas quais forem. E olha que a crise econômica na Europa foi feia.
A exigência numa democracia do fim da
democracia, esta bizarrice, esta sandice parece ser coisa
típica de países do "Terceiro Mundo". Somente essa expressão tardia, ultrapassada pode significar e explicar esse desejo. Este sentimento que ciclicamente
floresce em nosso país.
O ódio à democracia.
Em todos os outros países as crises econômicas,
éticas ou políticas fazem expandir em sua população o desejo por mais
DEMOCRACIA.
Comprei o livro de Rancière no ano passado, mas ainda não deu para ler. E olha que estou pesquisando sobre uma teoria política da soberania popular. O tempo histórico massacra a gente.
ResponderExcluirMarcelo
ResponderExcluirTambém comprei este livro ano passado e até agora só li a introdução e o primeiro capitulo, vamos combinar uns bate-papos sobre esse livro? Que acha?